Para gerar mais vendas e fidelizar os clientes que acompanham a sua marca, é preciso ter todas as configurações em dia – principalmente quando o assunto é email marketing.
Neste post, vamos ajudar você a entender a importância das configurações e como elas podem fazer seus envios terem melhores resultados. Além disso, vamos compartilhar tudo sobre as configurações mais importantes para quem envia email marketing e ferramentas que auxiliam você a verificar se todas as autenticações estão em dia.
Então, vamos lá?
Importância das configurações de email marketing
Para que suas ações tenham o melhor desempenho, certifique-se de elas estão 100% autenticadas!
Antes de realizar envios de email marketing é necessário verificar se seus envios estão 100% autenticados. Caso contrário, os resultados de cada ação serão afetados negativamente.
Ao receber uma mensagem, o provedor utilizado pelo destinatário realiza uma análise completa para identificar se seu envio é uma mensagem real ou não. Esta verificação passa por itens como conteúdo do email, mas, acima de tudo, pelas configurações presentes no domínio utilizado.
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Confira a seguir cada uma das configurações mais importantes para quem faz email marketing.
Configurações de email marketing obrigatórias para autenticar seu email
Para que você possa verificar se possui todas as validações necessárias, vamos explicar as principais configurações para quem faz envios de email marketing:
- Configuração de MX (Mail exchange);
- Como o envio de emails é feito hoje;
- Como realizar a configuração de DMARC;
- Configuração de CNAME;
- Como verifico se as configurações estão corretas;
- Ferramentas de acompanhamento da reputação.
Quer entender melhor cada um destes tópicos? Então, leia o post até o final!
Configuração de MX (Mail exchange)
A entrada MX (Mail exchange) existe com o objetivo de informar onde seu servidor de email está localizado e, com isso, os provedores são notificados sobre onde eles devem entregar a mensagem de email.
Processo similar como ocorre com as entradas A e CNAME usadas em seu DNS, com intuito de direcionar os visitantes para visualizar um determinado conteúdo.
Se o seu domínio não tiver uma entrada MX, os servidores podem marcar seu remetente como inválido e rejeitar a mensagem. Isso porque todo conceito de email gira em torno da troca de mensagens.
Desta forma, sem um local (caixa de MX) para receber respostas, o provedor do seu destinatário pode entender que você pode estar realizando envios de conteúdo falso ou malicioso.
Como o funciona o processo para enviar um email
Apenas para exemplificar como funciona hoje o processo de envio de emails:
A – Usuário programa uma mensagem para o usuário “E”;
B – O servidor do usuário “A” inicia uma busca no DNS do usuário “E” para saber quem é servidor do usuário “E”;
C – Ele localiza o servidor (MX) do destinatário e encaminha a mensagem para o serviço de MX;
D – O servidor do destinatário entrega para o usuário “E” a mensagem;
E – O usuário “E” recebe a mensagem.
Portanto, antes de iniciar com o processo de envio de email marketing, certifique-se de que o seu domínio já possui uma caixa de email existente – e que a entrada de MX está devidamente configurada.
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Mesmo quem possui uma caixa de email, pode não ter a entrada MX no domínio – ou ela pode ter sido removida. Isso pode fazer com que você não consiga utilizar seu domínio como remetente de seus envios.
Para consultar a existência da entrada de MX, sugerimos a plataforma MXToolbox. Nela, você pode consultar rapidamente a entrada, informando seu endereço de domínio.
Desde que você possua um MX no domínio, essa consulta irá listar todos os endereços. Alguns provedores exibem diversas entradas, como é o caso do Google. Mas também pode ocorrer de haver uma única entrada de MX, o que também é válido.
Caso não apareça uma entrada de MX respondendo ao seu domínio, entre em contato com a sua hospedagem ou provedor de email, pois essa é uma informação que deve constar em seu domínio.
Configuração de SPF
O SPF (Sender Policy Framework) é uma tecnologia que visa combater o envio não autorizado de mensagens em nome de um determinado domínio. Ele certifica quais são os IPs autorizados a enviar emails em nome de seu domínio, através de uma include de texto (TXT).
Esse método autentica a identidade do servidor de email que está enviando a mensagem (conhecido como HELO), bem como a identidade do email responsável por enviar a mensagem (o MAIL FROM).
Desta forma, ao realizar um envio de email, o provedor do destinatário irá verificar em seu domínio se o endereço de IP que está enviando a mensagem é autorizado.
Configuração de DKIM
O DKIM (DomainKeys Identified Mail) é um protocolo que dá permissão a um serviço para transmitir uma mensagem. Logo, essa validação de permissão pode ser verificada pelos provedores de email, que poderá garantir se a mensagem é ou não autenticada.
Em resumo, a chave de DKIM consiste em assinar as mensagens de seus envios com uma chave pública, para garantir a autenticidade do seu remetente.
Ao contrário do SPF, que verifica quem está enviando, o DKIM verifica o cabeçalho da mensagem e certifica ao destinatário que o conteúdo não foi alterado até chegar à sua caixa.
Configuração de DMARC
DMARC é a sigla em inglês para “Mensagem Baseada em Domínio de Autenticação, Relatório e Conformidade”. Também é uma proposta de normatização para garantia de autenticidade de um email que tem sido muito bem aceita e largamente adotada, inclusive por grandes players como Google e Microsoft.
Em Outubro de 2015, o Google se comprometeu a adotar e implantar políticas mais duras de DMARC, inviabilizando, por exemplo, que ferramentas de email marketing usem como remetente, emails do domínio @gmail.com.
O DMARC baseia-se nas configurações de SPF e DKIM apresentadas acima. Ambas são mecanismos de proteção e segurança amplamente difundidos e em adicional o DMARC agrega uma função especial de relatórios, que permite monitorar o comportamento dos emails que estão sendo enviados utilizando o seu domínio.
Ao contar com a configuração do DMARC, é muito mais simples determinar se uma mensagem é legitimamente enviada a partir de um suposto remetente; mas não apenas isso: o DMARC permite definir o que fazer se a mensagem realmente não for do remetente.
Em resumo, o DMARC aborda estas questões, ajudando os remetentes de email e receptores a trabalharem em conjunto para emails com melhor segurança, protegendo os usuários e as marcas contra abusos e emails falsos enviados indevidamente com o seu domínio.
Como configurar o DMARC?
Para realizar essa configuração é necessário possuir acesso à zona de DNS onde seu domínio estiver hospedado e criar uma entrada, conforme orientado abaixo:
Nome da Entrada: _dmarc.meudominio.com
Tipo: TXT
Conteúdo: o conteúdo deve ser criado de acordo com as preferências de sua marca.
Tipos de entradas DMARC
Abaixo, detalhamos um exemplo de cada tipo de entrada de DMARC. Escolha uma de sua preferência e inclua em seu painel de hospedagem para habilitar o DMARC em seu domínio.
De acordo com a sua configuração, o provedor que receber um email de seu domínio sem a configuração de SPF e/ou DKIM, fará a ação definida por você. Além disso, todas as mensagens que passam por essa verificação são incluídas no relatório diário – que é enviado para o endereço de email cadastrado em sua configuração.
Nota: meudominio.com deve ser substituído pelo domínio do qual você está realizando a configuração.
Configuração de CNAME
A configuração CNAME (Canonical Name) – é responsável pelos redirecionamentos necessários para o funcionamento da ferramenta, como os links da própria plataforma e os dados e estatísticas dos seus relatórios de email.
Com esses links de redirecionamento, quando houver imagens no seu email, links de visualização externa e descadastro, você diminui as chances de pontuar em ferramentas anti-spam ou cair em blacklists.
Processos como descadastros, contagem de visualizações e rastreamento de cliques também são facilitados ao realizar a configuração. Afinal, ao configurar, você conta com um apontamento direto para a ferramenta – o que permite agrupar os dados e apresentá-los de uma forma adequada.
Como verificar se as configurações estão corretas?
Primeiramente, você precisa saber que, para cada serviço que você utiliza ou utilizará seu domínio para envios de email, você precisará incluir essa informação em sua configuração de SPF e DKIM.
Por exemplo:
- Se você utiliza uma plataforma de email marketing ou de atendimento, ambas as plataformas precisam estar informadas tanto na configuração de SPF quanto na de DKIM;
- No caso do DKIM, é necessário incluir a chave de DKIM para cada um dos serviços utilizados;
- O DMARC valida se ambos estão corretos e, se não estiverem, o provedor deverá aceitar a mensagem ou não.
Uma das formas mais fáceis de verificar a autenticação dos envios é através de emails que você tenha recebido através de algum dos serviços usados.
No Gmail, por exemplo, abra um email enviado pela plataforma de email marketing que utiliza e clique em “Mais”.
Abrirá uma série de opções, dentre elas “Mostrar original”; clique nesta opção.
Essa opção lhe dá acesso ao cabeçalho do envio. Logo abaixo do “Assunto” da mensagem, estão as informações de SPF, DKIM e DMARC para aquele envio.
Qual o impacto de enviar um email sem estas configurações?
As configurações de SPF, DKIM e DMARC estão, aos poucos, sendo adotadas pelo mercado brasileiro.
De acordo com estudo divulgado pela Validity em 2020, o Brasil é o país com maior taxa de emails que caem no spam – comparado com a Argentina e o México. A nível mundial, o levantamento indica que uma a cada seis mensagens enviadas não chega até a caixa de entrada dos leitores.
E se você acha que o cuidado com as configurações é algo novo, repense: segundo o Google, lá em 2016, aproximadamente 86% dos emails aceitos pelo seu provedor possuíam as configurações de SPF e DKIM.
Ferramentas para acompanhamento da reputação
Listamos abaixo algumas ferramentas e sites de consultas recomendados para quem realiza ações de email marketing.
Postmaster Google
Plataforma que indica como está a reputação do seu domínio e IP junto ao provedor Gmail. Ela também mostra um relatório de taxa de spam, erros de entrega, como estava a autenticação do domínio no momento do envio, entre outros dados.
Para utilizá-la, basta ter uma conta do Google e realizar uma configuração na zona de DNS do seu domínio, criando uma entrada do tipo CNAME ou TXT, para autorizar a verificação da reputação do seu domínio.
SNDS Microsoft
O Microsoft SNDS realiza uma verificação da reputação de seus IPs junto ao Outlook. Para acessar o Microsoft SNDS, você precisa efetuar o login em uma conta da Microsoft e autorizar o acesso às informações sobre seus IPs.
Senderscore
O Senderscore é utilizado para consultar a reputação dos IPs utilizados em envios. A pontuação dos IPs pode ser de 0 à 100 pontos. Através da pontuação de um IP, podemos saber como será a sua entrega. Quanto maior for a pontuação, melhor será a entrega.
Algumas das métricas avaliadas para determinar a pontuação de um IP são:
- Taxa de reclamações: são as denúncias de spam realizadas pelos contatos de seus envios.
- Taxa de usuários desconhecidos: envio para contatos com conta ou domínio inválidos.
- Acessos de spamtraps: contas inexistentes ou inativas utilizadas por diversos provedores de email que recebem mensagens destinadas a elas. Esse tipo de verificação é realizada por provedores como Hotmail, para encontrar domínios que não têm controle sobre sua base. Bases compradas ou desatualizadas, podem classificar spammers.
- Blacklists: foram criadas para ajudar os provedores a evitarem a entrega de envios indesejados. Um endereço de IP pode acabar sendo listado em uma blacklist devido a alta taxa de denúncias de spam, contatos inválidos ou envio para spamtraps.
Por isso, é muito importante seguir as boas práticas do email marketing.
Ferramentas para testes
Existem algumas ferramentas que disponibilizam testes tanto para o conteúdo do código html da mensagem que pretende enviar quanto sobre as configurações do seu domínio, para verificar sua validade. Abaixo, listamos alguns serviços que podem auxiliar nestas verificações.
Litmus
Ferramenta utilizada para testar o conteúdo dos envios e verificar se as configurações do domínio estão validadas. Além dessa análise, também é possível realizar testes da sua peça em diferentes provedores de recebimento, verificando o carregamento correto dela em todos eles.
Na simulação de entrega, será indicado onde o email chegou em cada provedor de recebimento, como por exemplo Gmail ou Hotmail. Os envios podem ser entregues na caixa de entrada, caixa de spam ou lixo eletrônico.
Ao testar, você identifica pontos de melhoria tanto no conteúdo quanto nas configurações do domínio. Com isso, você revisa as autenticações e outros aspectos prejudiciais antes de fazer o envio final, certificando-se que sua campanha alcançará os melhores resultados de entrega e visualizações possíveis.
MailTester
Assim como o Litmus, o MailTester também é uma ferramenta que realiza testes e análises dos seus envios, verificando se há práticas que devem ser alteradas e validando as configurações do seu domínio no momento do envio.
Glock Apps
Ferramenta para testes de envio, filtros anti-spam, blacklists e mais dados. Possui limites nas versões gratuitas.
Postmark
Pelo Postmark, você pode inserir o código-fonte de sua peça de email para testá-lo e verificar a pontuação do seu HTML.
Em conclusão, todas as configurações de SPF, DKIM, DMARC e CNAME servem para os diferentes provedores identificarem seu envio como autenticado, aumentando assim as chances dele chegar na caixa de entrada dos destinatários.
Utilize plataformas para acompanhar a reputação de seus domínios e IPs e realizetestes constantes para entender o comportamento dos diferentes filtros anti-spam, pois isso vai te ajudar a ter os melhores resultados!